Dores da alma!

As dores da alma
dilaceram o corpo...
Abrem feridas eternas!
As dores da alma
minam a confiança,
a auto-estima...
Sangram o coração ferido!
As dores da alma
afastam os amigos,
os sorrisos e
atraem os inimigos!

Avesso

Tudo deu errado.

Eu não sei amar!

Acho que descobri isso hoje.

Ou sempre soube, não sei!

Talvez eu tenha apenas tentado driblar o destino.

Não entendo esta angústia,

não aguento esta dor.

Dor de ter tentado

e não ter conseguido.

Estou cansada de buscar um porto seguro

Um alento pras dores do mundo!

Me sinto como um náufrago

que se agarra aos destroços inúteis

de algo que se destruiu durante a tempestade.

As forças já estão findando!

As mãos, aos poucos vão escorregando

e o fim não tarda.

O que fazer?

Onde se agarrar para não enlouquecer

antes que as profundezas me suguem?

O abismo é imenso!

A vida passa diante dos meus olhos

mas longe do meu alcance!

E parece do avesso!

Quanto mais o tempo passa,

mais difícil divisar terra firme.

Parece o fim!

Mas o pior é esta agonia,

esta ansiedade,

esta incerteza!

Será breve, ou durará uma eternidade!

Impossível saber!

Essa espera

me desespera

e enlouqueço

até pelo avesso!

Sem saber!

Não sei porque insisto
porque não desisto!
Tudo parece tão claro
é só virar a página
e reescrever uma nova história.
Esta, eu sinto que já acabou!
Só não sei porquê,
ou quem sabe não queira saber,
porque precisa ser sempre assim!
Foi sempre assim
o amor pra mim!
Sempre "desanda"e eu sigo sempre
sem saber porquê!

"...Amar de novo..."

Queria amar de novo
Sair pra namorar
bebericar
dançar!
Queria um amor novo
Mas... poderia ser o mesmo amor!
Só que mais intenso
mais denso
menos tenso
um amor imenso!

"Simplesmente viver..."

Eu quero um pouco de romance...

Quero acordar feliz e...

cantar uma canção alegre...

Quero encontrar um amigo na esquina e...

contagiá-lo com a minha alegria!

Quero andar por caminhos

nunca antes percorridos...

Quero ousar!

Quero inovar!

Quero me renovar!

Quero viver cada momento

como se fosse o último!

Quero arrancar da vida

tudo que de bom houver!

Quero afastar os males

com a mesma intensidade

que quero usufruir

do que houver de bom!

Quero construir meus dias numabase sólida

de fé, confiança e otimismo!

E viver...

Simplesmente viver!

"Muito estranho"

Estranha é a vida!
Estranho o amor!
Estranha esta noite escura!
Estranho este sol da manhã!

Estranho este novo dia!
Estranha esta minha dor!
Estranho como a vida é dura!
Estranho este sol da manhã!

Estranha esta tempestade!
Estranho este calor!
Estranha esta calamidade!
Estranho este meu interior!

"Insônia"

Quero dormir, não consigo.
Os pensamentos me atropelam a mente
enquanto tento uma prece!
O corpo está cansado, precisa de repouso.
Mas todas as emoções se fundem e
se confundem ao mesmo tempo!
Amor, raiva, saudade, impaciência,
a aula que não deu certo;
o amigo que passou batido;
a conta que não foi paga;
o salário que não cobriu as despesas;
a cabeça rodando;
a náusea revirando o estômago;
o telefone tocando;
o carteiro chegando;
o noticiário sangrento;
o livro na cabeceira!
Talvez dê certo, algumas páginas e...
Não adianta, não consigo, não me concentro,
nem sei o que estou lendo!
Ah! A oração!
Vou começar de novo!
Também não adianta!
Não se acalma meu coração!
Os pensamentos misturados são tão violentos
que o corpo dói!
Agora é só esperar
o dia recomeçar!

"Coisa estranha"...

Amar!

Estranha mania de amar temos nós!

Andamos pela vida a fora sempre em busca de novos carinhos.

Sabemos que os caminhos pelos quais temos que passar quase sempre transbordam de dor e sofrimento.

Doce sofrimento este, o de amar!

Não desistimos nunca por muito tempo da dor do amor.

Pois sabemos que se mil vezes choramos é porque, mil vezes amamos;

mil vezes fomos amados;

mil vezes vivemos a plenitude de uma paixão ardente;

mil vezes nos confundimos e nos fundimos a um outro ser na mais real e verdadeira realização da vida;

mil vezes fomos infantilmente felizes ;

mil vezes crescemos e tornamo-nos maiores e melhores.

É estranho essa estranha mania de seguir vivendo e amando,

sem que nunca uma ferida seja bastante profunda e mortal,

para que nos arranque do peito,

essa vontade interminável de recomeçar tudo outra vez!